Alguns já estão familiarizados com o nome. “O Exorcismo de Emily Rose” foi adaptado para o cinema, baseando-se na história real de Anneliese Michel, jovem alemã que foi – supostamente – possuída por forças do mal em 1968. Mas, será que essa história foi bem contada?
Anneliese, logo depois de começar a se sentir meio estranha, foi levada à um neurologista da Clínica Psiquiátrica de Wurzburg, Alemanha, que a diagnosticou com epilepsia associada à esquizofrenia. Devido aos fortes ataques epiléticos e à depressão seguinte, Anneliese foi internada para tratamento no hospital.
Entretanto, a jovem só piorava, dizia que era atormentada por vozes enquanto rezava e alegava estar possuída por demônios terríveis como o espírito de Adolph Hitler. Anneliese passou a ter um comportamento ainda mais agressivo e estranho e, por isso, seus pais a tiraram da clínica psiquiátrica e buscaram ajuda clerical. Contudo, os religiosos hesitaram em exorcizar Anneliese, pois precisavam de mais provas de que ela estava, realmente, possuída por demônios.
Anneliese insultava, espancava e mordia os outros membros da família, além de dormir sempre no chão e se alimentar de moscas e aranhas, chegando a beber da própria urina. A garota gritava por horas em sua casa, enquanto quebrava crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e lançava rosários para longe de si. Ela também cometia atos de auto mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa com frequência.
Quando seu quadro já estava visivelmente insuportável, os bispos de sua localidade, finalmente, decidiram realizar o exorcismo na menina, que já estava mutilada, magra e fraca. Foram 67 seções longas sessões que se prolongaram por nove meses, realizadas uma ou duas vezes por semana. Os mentores da ação religiosa, os padres Ernest Alt e Arnold Renz, lutaram contra entidades que assumiam a identidade de 6 espíritos malignos como: Lúcifer, Caim, Judas, Nero, Adolf Hitler e Fleischmann, um bruxo do século XVI. Durante as sessões, Anneliese reagia negativamente tendo de ser segurada por até três homens, apesar de apresentar estado físico deprimente. Seu exorcismo era tão violento que ela lesionou, seriamente, os joelhos em virtude das genuflexões compulsivas que realizava durante o exorcismo, aproximadamente quatrocentas em cada sessão.
A jovem optou por continuar dominada pelas forças do mal, depois de um sonho em que dialogou com a Virgem Maria. Supostamente, a mãe de Deus a ofereceu liberdade ou martírio, mas Anneliese decidiu morrer em nome de sua fé, servindo como exemplo a todos os descrentes que não temem à Deus, como prova de que o mal existe e atormenta a todos os homens de pouca fé.
Anneliese faleceu em 1976, pouco depois que aceitou seu destino. Todavida, a autópsia considerou sua morte fruto do estado avançado de desnutrição e desidratação, por falência múltipla dos órgãos. Nesse dia o seu corpo pesava pouco mais de trinta quilos. Sua morte rendeu polêmicas, pois os pais de Anneliese os padres responsáveis pelo seu exorcismo foram indiciados por homicídio culposo e omissão de socorro.
Será que Anneliese estava realmente possuída ou foi vítima de sua esquizofrenia? Confira o áudio das sessões de exorcismo da jovem e tire suas próprias conclusões. Não recomendado para pessoas sensíveis ou medrosas.
Anneliese e sua família antes de ser atormentada por forças do mal.
Cenas fortes de seu exorcismo.
Funeral de Anneliese, em 1976.
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